quarta-feira, 26 de janeiro de 2011



http://www.flickr.com/ - Linden Christão

"Que fazemos demais se dizemos que um ângulo é frio e uma curva é quente? Que a curva nos acolhe e que o ângulo é masculino e a curva feminina? Um nada de valor muda tudo. A graça de uma curva é um convite a habitar. Pode-se fugir dela sem esperança de retoítio. A curva amada tem os poderes do ninho; é um apelo à posse. Ela é um canto turvo. É uma geometria habitada. Nela, estamos num mínimo de refúgio, no esquema ultra-simplificado de um devaneio do repouso. Só o sonhador que percorre caminhos arredondados para contemplar essas jóias simples do repouso desenhado." Bachelard, A poética do espaço






sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Brasília: mistura de sons e cores

Quem pensa em Brasília, a associa com o branco e o cinza, sensações providas pela arquitetura irreal e alienígena, esquecendo o laranja, o rosa, o vermelho e o roxo de cada pôr do sol, e do verde, azul, vinho, preto e bordados da mistura cultural que faz Brasília.



Brasília 50 anos, festividade realizada pela Funarte com artistas brasilienses. Fotos: mariliones


Brasília é a absorção da cultura de cada canto do país. É a música que traduz diversos estilos de vida e que passa o seu recado se compondo nos mais variados ritmos. Por ser a capital do país, a cidade abriga pessoas de diferentes costumes e tribos musicais formando uma rica diversidade cultural. Do coco ao maracatu, baião, xote, frevo, chorinho e samba, a dança, o teatro, circo, cantos indígenas, brincadeiras típicas do folclore brasileiro, tudo acontece nessa capital.


domingo, 16 de janeiro de 2011

Brasília para os íntimos



no princípio, era o pó, no meio, era o pó
no fim do dia, era o pó, vermelho e fino
próprio a ingressar nos poros só a ver
se assim engrossava o
sangue de João Pedro Manoel
Tenório, Chico Chica Sebastião Sebastiana
Joana Maria Pedro João
que são partículas pouco mais
que pó a se moverem em
meio ao cerrado
no princípio era o pó
no meio é o pó, no fim é o pó,
vermelho a dar coragem junto com
o feijão jabá farinha pirão
no almoço é o pó na janta é o pó na cama é o pó
na cidade livre é o pó, na vila planalto é o pó
no canteiro de obras do palácio é o pó
vermelho a tingir o suor do
meio dia a cobrir o frio da
madrugada a penetrar sorrateiro
pelas frestas do barracão
não estranha, pois, que se
precise dissolver tanto pó
na mais líquida cachaça
nos bares que vão brotando
entre o pó e o pó
no fim o pó, no meio o pó, no princípio o pó
vermelho


João Bosco Bezerra Bonfim

sábado, 15 de janeiro de 2011

Apresento-vos Brasília, em seus extremos


Brasília, cidade perfeita e planejada, dividida entre a excentricidade arquitetônica e a prática arquitetura popular.    Dividida em regiões, o plano piloto e as "cidades satélites", realidades que se encontram no ambiente de trabalho. Foi assim em seu princípio, e é assim ainda hoje. Toda ela emoldurada pelo céu do cerrado.

"Céu de Brasília
Traço do arquiteto
Gosto tanto dela assim" (Djavan)

cartaz convite

O sonho do joão-de-barro


A utopia está no horizonte

"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar". (Eduardo Galeano)


A temática do SeNEMAU Brasília é o caminho. O caminho para a concretização dos sonhos dos EMAUs, o como fazer para chegar aonde se deseja.


Caminhem para Brasília em agosto, e façam parte desse sonho!